Aqui fica um exemplo, para mim, interessante, a Academie Jean-Marc Guillou du Paradou, é uma academia de formação associada a um clube argelino que tem revolucionado a formação do país, tendo incutido uma metodologia muito particular.
O nome do seu fundador pode ser desconhecido para alguns mas tem algum relevo na formação mundial, Jean-Marc Guillou é um ex-internacional francês que jogou no Mundial de '78 e que tem desenvolvido alguns projectos curiosos no âmbito da formação. Depois de ter treinado em França, passando por escolas como a do AS Cannes, esteve na Suiça e na Costa do Marfim, onde fundou e é coordenador da escola de formação do ASEC Mimosas, considerada a joía do futebol africano e de onde saíram jogadores como Kolo Touré, Aruna Dindane, Salomon Kalou, Didier Zokora, Yaya Touré, Emmanuel Eboué, e Gilles Yapi Yapo. Uma montra que deixa antever muita qualidade de trabalho.
O exemplo argelino nasce de várias academias que o francês tem criado por muitos locais e tem uma particularidade muito interessante: os jogadores treinam e jogam descalços, algo que lhes confere uma sensibilidade e controlo de bola muito acima da média e que pode muito bem ser adaptado à nossa realidade em determinadas ocasiões. A minha equipa de escolas já experimentou, inclusive com vários tipos de bolas e o resultado tem sido muito positivo.
O nome do seu fundador pode ser desconhecido para alguns mas tem algum relevo na formação mundial, Jean-Marc Guillou é um ex-internacional francês que jogou no Mundial de '78 e que tem desenvolvido alguns projectos curiosos no âmbito da formação. Depois de ter treinado em França, passando por escolas como a do AS Cannes, esteve na Suiça e na Costa do Marfim, onde fundou e é coordenador da escola de formação do ASEC Mimosas, considerada a joía do futebol africano e de onde saíram jogadores como Kolo Touré, Aruna Dindane, Salomon Kalou, Didier Zokora, Yaya Touré, Emmanuel Eboué, e Gilles Yapi Yapo. Uma montra que deixa antever muita qualidade de trabalho.
O exemplo argelino nasce de várias academias que o francês tem criado por muitos locais e tem uma particularidade muito interessante: os jogadores treinam e jogam descalços, algo que lhes confere uma sensibilidade e controlo de bola muito acima da média e que pode muito bem ser adaptado à nossa realidade em determinadas ocasiões. A minha equipa de escolas já experimentou, inclusive com vários tipos de bolas e o resultado tem sido muito positivo.
5 comentários:
Muito interessante!
Já tenho tido conversas com treinadores a cerca do tipo de chuteiras, e da utilização de meias de enchimento e tal, devido a perca de sensibilidade nos pés, e o que isso trás no que diz respeito a relação com bola.
A ideia de treinar descalço é interessante, agora.. no video vi os miudos dessa academia a jogarem com malta que estava calçada, até que ponto isso faz sentido, nem que seja numa prespectiva de segurança dos miudos?
Descalços e sem caneleiras?
Sim, vão criar defesas, vão sentir dificuldades e assim crescem com outro tipo de experiências, muito ricas.. mas... cuidado com isto.
Sobre o resto da metodologia.. tenho de ver se consigo encontrar mais informação, se possivel em inglês :P
Excelente esta "label", força nisso!
Olá Bruno,
Não concordo claro que se faça competição e treino exclusivamente sem chuteiras e caneleiras, mas penso que pode ser utilizado em treinos para estimular o contacto com bola e desenvolver a proprioceptividade dos jogadores.
Quanto a meias de enchimento, ligas e etc., sou contra, porque os jogadores perdem toda a sensibilidade e o treino com este tipo de material condiciona de tal forma a morfologia do jogador que o enfraquece.
Mas isto são opiniões.
Obrigado pela força, grande abraço!
Olá!
Parece-me uma ideia diferente. Se em cada treino tento dar aos meus miúdos algum tempo em que se possam recrear "livremente" com a bola, no sentido de desenvolverem ao máximo a sua relação com ela, ao mesmo tempo considero que esse tempo poderia ser melhor aproveitado/condicionado/orientado e esta é uma boa ideia para pôr em práctica.
No entanto o meu comentário tem outra vertente. Talvez um desafio.
Já por várias vezes pude ver que és um defensor da periodização táctica e da defesa à zona.
Como treinador que és, e um pensador das questões do treino, gostaria de ver um esnsaio sobre estas novas metodologias de treino/jogo aplicadas aos escalões de formação. Porque o que vejo na experiância que tenho é que o topo está a mudar, mas as bases continuam na mesma. No meu entender, se estamos a formar os jogadores de amanhã...
No caso de já teres algo sobre isto, peço desculpa pelo meu erro. Encaminha-me e falarei no local certo.
Cumprimentos
Rafael Antunes
Olá Rafael,
Obrigado por participares.
Quanto à primeira questão, acho pertinente que se trabalhe a relação com bola, acho que devemos dar liberdade para eles desenvolverem esse tipo de capacidade, até porque com o passar dos anos, o tempo para este tipo de trabalho vai reduzindo.
Quanto ao segundo ponto, talvez mais importante até. Não percebi muito bem o que pretendes, gostarias de ver um artigo sobre essas metodologias no treino em formação?
Abraço!
Ola!
Sim, um artigo sobre a aplicação de conceitos da defesa à zona, De ferramentas da periodização táctica no treino de formação.
Penso que se o futebol de pares, o futebol partido tipo "agora atacamos/ agora defendemos" está ultrapassado, ou vai estando, também o trabalho na formação terá de o seguir sob pena de se formarem jogadores para um futebol do passado.
Um artigo baseado em experiência própria, em artigos em que tenhas visto... fica ao teu critério...
Na certeza de que pelo menos poderemos ter uma agradável e proveitosa troca de ideias!
Cumprimentos
Rafael Antunes
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